segunda-feira, 30 de julho de 2012

A garota e a festa

Era uma vez uma garota brasileira que se encontrava em terras estrangeiras. Um belo dia essa garota foi convidada para uma festinha na casa de um conhecido. Ela passou horas a fio se arrumando, na esperança de encontrar seu  grande amor. A menina não acreditava que as festas americanas realmente eram iguais a dos filmes. 
Mas passou a acreditar depois daquele dia. 
A festa era numa rua muito deserta e escura. Pela estrada a fora ela foi bem sozinha. Chegando lá, se deparou com um homem enorme de papelão, usando um boné muito engraçado. Todos os convidados da festa estavam se preparando para jogar um jogo. Ela não jogou. Numa mesa de sinuca, cheia de red solo cups cheios de alguma bebida feia, os convidados brincavam de acertar a bola no copo e quem errasse bebia. A garota só ficou rindo e torcendo pra um cachorro falante invadir a festa.
Mas nenhum cachorro invadiu a festa e as brincadeiras chatas continuaram. Nenhum garoto absurdamente lindo apareceu e esbarrou nela, nem o pessoal do Falling in Reverse foi cantar lá. Depois de pisar numa camisinha, a garota resolveu ir embora.
E acho que nunca mais vai em festas da faculdade.

sábado, 21 de julho de 2012

I like to be in America

No post de ontem eu contei como foi a minha vinda pro paraíso. Mas agora vamos falar de coisa boa e conversar sobre como tem sido minha vida no paraíso.
Eu fico me perguntando tipo: Oi? Tá falando sério que eu moro aqui mesmo?

A primeira semana em Chico foi tipo epicamente perfeita. Sem brincadeira, foi mesmo. Primeiro porque no dia seguinte que eu cheguei era 4 de Julho. E 4 de julho é que nem nos filmes mesmo, todo perfeito.

Bidwell Park

A gente acordou super cedo e todo mundo saiu de casa vestindo as cores do pais - menos eu que sou do contra e fui de vestido floridinho - e fomos pro parque. Ai comemos panquecas com linguiça (what?) e ficamos assistindo a banda tocar. Foi tudo tão lindo, tão lindo, que quando eles tocaram as músicas da Broadway eu tive que segurar bem forte a berenice pra não morrer.
Não dá pra nem expressar a minha felicidade em vivenciar aquilo.
Foi um dos dias mais felizes da minha vida, for real. Até porque depois fomos ao shopping e tal. Mas enfim.
A noite, minha família daqui fez um churrasco e chamou a maior galera. Só gente maneira. Alias, minha família aqui é a melhor do mundo. Eles são donos de uma fazenda enorme, linda, cheia de ovelhas e galinhas. E eles são muito, muito, muito legais. Foi a melhor coisa do mundo eu ter ido pra lá.
Enfim. Voltando.
Comemos churrasco (cachorro quente) e sorvete com cupcake. E quando anoiteceu mesmo (aqui só anoitece umas 9 da noite!) eles ligaram as luzes e fiquei me sentindo no casamento da Bella e do Edward (sem os dois presentes, infelizmente).
Refeições do 4 de julho. (E eu)


Esse foi o meu primeiro 4 de julho no paraíso. Espero que eu tenha tipo mais uns quatro milhões pra celebrar essa data tão... tão... sabe como é. Americana.

Amanha tem mais :*



sexta-feira, 20 de julho de 2012

Resumo da Ópera

Eu sei, que tipo de pessoa faz um blog e o deixa a Deus dará por tanto tempo? É um absurdo. Me processem.
A coisa é que a vida é muito louca quando você se muda. Primeiro fiquei sem carregador e depois sem internet. Mas enfim... Simbora ao que interessa.


Viagem sem fim.


A vinda pra Chico foi das mais loucas possíveis. Primeiro porque eu tava morrendo de medo. Medo do meu passaporte sair voando e meus documentos se perderem no free shop. Medo de negarem meu visto. Medo de perder as malas. Medo de perder a escala. Medo do avião cair.
Mas o voo foi super tranquilo. Ficamos numa parte toda maneirinha e eu passei a noite assistindo Cake Boss e Family Guy (é o meu jeitinho). Depois fomos pra Houston (sla) e eu fiquei aloprando no twitter. Ai de Houston fomos pra San Francisco e eu juro que passei mal o tempo inteiro durante a viagem. Tipo, mal pra caramba. Comida de avião devia ser tipo proibida do mundo. Então eu fiquei o tempo inteiro da escala super blé, sem maquiagem e com um furo de baixo das axilas devido ao carregamento de peso (Dica de amiga: Nunca viaje com uma mãe idosa)
Mas foi quando pegamos o avião para Chico que a aventura começou.
Não to brincando, porque foi a MAIOR aventura MESMO.
Nos ficamos horas esperando o voo e quando chegou a hora de embarcar e entrar naquela passarela super chique que o choque começou. Sabe, eu não sou rica, nunca fui de Primeira Classe, nem Classe do meio, mas to acostumada com aquelas passarelas cheias de glamour. Mas a passarela, além de toda ferrada, tava em obra e tinha tipo aqueles tafetás que você usa pra fazer fantasia cobrindo o lugar. No joking.
E ai, quando chegamos ao fim da passarela (depois da minha mãe falar que não era possível, que a gente tava no lugar errado e tentar voltar umas duas vezes). E fomos ver o avião ele era, nada mais nada menos, que um avião igual ao do Indiana Jones.
Mentira, mas era parecido e tão pequeno quanto.

Eu juro que tinha pulga lá dentro. Tinha mesmo. O avião era tão pequeno, mas tão pequeno, que não dava nem pra coçar as costas sem bater no teto ou esbarrar na pessoa da frente, do lado e de trás.  
O serviço de bordo foi maravilhoso: Um copo de água. Quente.
Eu chegando em Chico.

Quando aterrissamos, 40 minutos depois, fiquei esperando um grupo de galinhas me receber cantando ''Bem Vindo! Welcome! '' e sapateando, usando um chapeuzinho de dançarino de jazz. 
Mas não aconteceu.
Nem um grupo de absorventes usados vieram me receber. #Chateada
Depois de 20 ou 30 minutos as malas chegaram, certinhas, e nos já tínhamos sido recebidos pela minha roommate (adoro essa palavra) e pelo pessoal que ia me receber na primeira semana na casa deles.
E cara, tava um calor.... Mas depois eu conto as minhas aventuras desde que cheguei aqui.


Espero que gostem do blog, do novo layout LINDO que a linda da Thauany fez e comentem horrores. 

Xoxo, 
Lola,  Allie, Jean, Ariel nome americano em processo de seleção.


domingo, 1 de julho de 2012

Never can say goodbye

E aí que eu me mudo amanhã. Sério. Amanhã. As 8 e pouca da noite eu embarco rumo a Houston, e depois pego outro avião pra San Francisco e aí, por fim, pego um pra Chico.
É surreal. Tipo. Surreal.
Sabe aquele sonho que você tem desde que nasceu, que nem sabe porque começou, mas que uma das coisas mais importantes da sua vida?
E aí, como por um milagre, você está prestes a realiza-lo.
É bizarramente incrível.
Só que é esquisito demais. É esquisito ter que dizer adeus. Eu sempre planejei que quando fosse me mudar, ia escrever um depoimento gigante no orkut pro ex-amor-da-minha-vida e finalmente ia superar o fim do nosso pseudo relacionamento. Só que eu to indo e não tenho mais nada pra dizer. Esquisito demais.
Eu também sempre achei que não fosse ligar muito pra me despedir. Ia pegar só as melhores roupas e ia dar tchau pra galera. Sem melosidade. Queria que meus amigos sofressem, mas não pensava que ia sofrer com isso também.
E ai eu percebi que não foi só a minha vida que mudou. Eu mudei. Pra caramba. Tudo que eu sempre planejei fazer simplesmente não importa, sabe? Mandar depoimentos melosos humilhando o ex, etc, simplesmente não importa.
Nos últimos meses eu me dediquei a curtir o Brasil. A comer fandangos, feijão, tomar 7 litros de guaraná por dia e assistir Marisol e Chaves. E nos últimos dias me dediquei a me despedir. Não só das pessoas, mas dos lugares. Fui a minha locadora preferida, fiquei olhando os filmes que eu aluguei milhares de vezes e me despedindo do meu lugar preferido na cidade. Passei pelas ruas e que nem uma idiota, fiquei prestando atenção nos mínimos detalhes, tentando gravar cada pedacinho dessa cidade que eu tanto odiei por anos, mas que agora percebo que faz parte de mim. Não tenho orgulho disso, mas eu meio que virei uma roceira.
E agora eu to me despedindo daqui. Do cheiro de mar, do sol infernal, de tudo.
E é muito bom. Mas muito bizarro.
Enfim, vamos parar de melosidão e vamos falar de coisa boa!
Como estamos nesse climinha lindo de despedida, resolvi fazer uma listinha de coisas que eu posso e que eu não posso dizer adeus. Vamos conferir.


Never can say goodbye to...

  1. Fandangos.
  2. SBT, Teleton, essas coisas boas da vida.
  3. Guaraná Diet sem gelo e sem limão, por favor.
  4. Chaves.
  5. Ewan Mcgregor de papelão.
  6. Falar Berenice. 
  7. Ler placas como essa acima.
  8. Meus lindos amigos, que foram a minha festa de despedida e os que não foram também.
  9. Papai gordo e chato, que ainda não sabe que eu fiz uma tatuagem pro Justin Bieber.
  10. Filmes dublados.
  11. Marisol.

Coisas que eu nem disse oi:

  1. Calor suicida.
  2. Musicas suicidas.
  3. Novelas da Globo.
  4. Minha empregada.
  5. Churrasco na laje em dia de domingo.
  6. Filmes brasileiros.
  7. Gente que pergunta se Londres é nos Estados Unidos.
  8. Flamengo e derivados.
  9. Gente que pergunta se Hair e Hairspray são a mesma coisa.
  10. Qualquer tipo de cantor brasileiro que não seja o Tiririca.
  11. Ex-peguetes.

Então é isso. O próximo post já vai ser no paraíso...
Beijos e me desejem sorte!!